quinta-feira, 1 de maio de 2014

Círculo Virtuoso do Silêncio — Parte I: Crime e castigo



Dia estranho!!!
Coração pressentido tempestade...
Tem-nos faltado luz que ilumine os caminhos que trilhamos sem saber onde chegaremos, posto que sequer sabemos de onde saímos....
Sequer conhecemos nossa história.
Sequer lembramos nossos atos e gestos, nossas escolhas e suas consequências. 
Sequer olhamos, solitariamente no espelho, em busca de aceitação...
— O que o espelho nos mostrará?
Nossas faltas e culpas, muito mais do que nossos acertos.

Os acertos se apagam com o tempo.
E as faltas persistirão na memória, mesmo que silentes, até que a mente se encarregue de apagá-las, junto com a herança de vida, através da velhice, da decrepitude ou da morte.
Ou até que a consciência as compreenda e se curve diante de tantos equívocos.

Mas, e o que fazer com a faltas que seguem sem reparação?

Fiquei com a pergunta me acelerando o coração, porque aguardo ainda pela reparação do que foi perdido: o direito de ser feliz em paz!
Aguardo ainda por esta reparação...

Eis que me veio às mãos o texto do livro "O Profeta" de Gibran Kalil Gibran...

- Sobre crime e castigo:
"...
E como ireis punir aqueles cujos remorsos são maiores do que os crimes que cometeram?
Não será o remorso a justiça que é administrada pela própria lei que quereis servir?
NO ENTANTO, NÃO PODEREIS IMPOR O REMORSO AO INOCENTE, NEM ARRANCÁ-LO DO CORAÇÃO DO CULPADO.
Subitamente, à noite, ele convocará os homens para que olhem para si próprios
E vós, que deveis entender a justiça, como o podereis fazer a menos que olheis para os factos à plena luz?..."

Sabendo que ninguém pode impor o remorso ao inocente, em silencio, meu coração se tranquilizou!!!

Fiat Lux!

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