Diário da CPTM
365 dias de uma passageira
11/11/2016
Não há nada melhor do que um dia de calor. Aliás, há sim... trem com ar condicionado!
É básico!
E acho mais... lembro-me dos trens que tinham uma veneziana... era uma
segunda janela, sobreposta à de vidro, que se podia subir e descer
conforme aumentava a incidência do sol. Era toda furadinha. Quebrava o
Sol e salvava o vento. Uma perfeição da tecnologia!
Mas agora os
trens não tem mais janela. Tem só o vidro. Mas tem ar condicionado... só
que o danado quebra... e é sempre no calor. No frio é infalível: funciona sempre! Gela que é uma beleza.
O vento não quebra nunca. Abrindo a janela, o trem em movimento, o vento venta....
Básico!
Mas fecharam as janelas. Ok! tem o ar condicionado. Mas ar em movimento é outra coisa... não existe quase nada igual!
Melhor do que vento, só chegar em casa, depois de vir sentada em um
trem sem ar, do lado da janela em que está batendo o sol... manja, uma
estufa? Hoje me senti uma orquídea.
- Muito prazer! Meu nome é Ascatléa! (Clatteya para os íntimos....)
Vida sofrida, essa vida de orquídea de trem....
Poderíamos pensar em um toldo, talvez, pra diminuir a incidência dos
raios solares sobre os passageiros, mas sem o vento não faria o menor
sentido...
Vento é tudo.
Só não é melhor do que chegar em casa.
Aqui venta, ventinho manso.... tem sombra e janelas abertas.
Sai CPTM. Agora, só te vejo amanhã!
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