quinta-feira, 16 de julho de 2015

Aécio Fanfarrão

Preciso desabafar!!!!
Esse tal de mAécio é um fanfarrão.
Está alardeando que o Bolsa Família é um aprimoramento do Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e do Vale Gás, que eram projetos assistencialistas de Fernando Henrique Cardoso.
Por que assistencialistas?
Porque determinavam onde o dinheiro deveria ser gasto: ou no gás, ou na alimentação, ou nos cadernos da escola.
Era um desdobramento da "Caderneta do Coronel", onde o agricultor poderia ter o que quisesse, desde que comprado no empório do Fazendeiro;
A criação do Bolsa Família, nos moldes propostos pelo governo LULA, entregando de forma corajosa e audaciosa, o dinheiro resultante da aglutinação dos valores dos "Vales" de FHC, às mães de família; deram ao povo uma coisa que não se pode comprar, que não está a venda, mas que é quase tão necessária quanto o ar que respiramos: AUTONOMIA.
Ao conceder o auxílio em dinheiro, às mulheres, condicionando à permanência dos filhos na escola, muitos coelhos foram atingidos com uma cajadada só:
Fim do patriarcado medieval que ainda reinava nos grotões do interior....
A mulher se libertou da tirania machista dos confins desse país, as crianças, na escola, alimentam-se com pelo menos uma refeição que desonera a família dos custos com alimentação, a criança se sociabiliza e aprende a conviver com os diferentes, encontra outras realidades diferentes da sua, começa seu roteiro de aprendizado.
Além disso a mãe, agora com mais tempo livre, pois os filhos estão abrigados na escola, pode sair para trabalhar e pode definir suas prioridades nos gastos do pouco dinheiro que lhe cai nas mãos. Ora gasta com remédios, ora com roupas, ou com um doce pros filhos, uma fralda descartável, um perfume, talvez.... não somente com o gás, com a comida ou com os cadernos.
A autonomia está no DNA do Bolsa Família e não no DNA dos Vales assistencialistas de FHC.
Portanto, Aécio, nem venha com esta história de que FHC foi o pai do bolsa família e D. Rute a mãe. Não é porque os valores dos vales foram aglutinados para compor o valor do bolsa família que os programas se equivalem.
A autonomia não tem preço e, talvez por isso não possa ser mensurada pelas estatísticas PSDBistas.
Mas esta autonomia conquistada com o bolsa família fez com que as taxas de natalidade diminuíssem, pois a autonomia financeira trouxe às mulheres também o direito de escolha em relação aos seus parceiros e suas vidas conjugais. Contrariando o discurso que afirma que as mulheres fazem filhos pra ganhar mais auxílios, a auto-estima, advinda da autonomia fez com que milhares de beneficiárias do bolsa família se desligassem voluntariamente do programa assim que suas rendas se tornaram suficientes para seu sustento, dando oportunidades para que outras famílias também fossem favorecidas.
Revelou-se o verdadeiro perfil do povo brasileiro: o da honestidade e da solidariedade. Revelou-se naquele interior que poucos de nós conhecemos, razão pela qual muitos de nós ainda julgamos o comportamento dos beneficiados pelo Bolsa Família pelas atitudes de alguns que burlam o programa, considerando que estes são a regra. Não são, não! Eles são a exceção que age tendo como referência o comportamento já corrompido pelos hábitos e exemplos urbanos, muitos deles de direita e advindos da classe média, com suas condutas moralmente reprováveis expostas na televisão, baseadas na máxima de que é preciso levar vantagem em tudo.
O povo brasileiro realmente favorecido pelo programa Bolsa Família não pensa assim! Pensa de forma mais generosa e cívica. Usa enquanto precisa, quando não precisa mais, dá a vez para quem tem menos.
Mas, quem nunca comeu pirão de água com farinha não é capaz de dimensionar a grandeza dessas conquistas e preferem manter seu curral eleitoral em troca de pequenos vales-caridade, como se estivéssemos ainda nos tempos do "pé-de-butina" em troca de seu voto.
Ou atacam a iniciativa, desdenhando de seus resultados. Ou, numa tentativa de sobrevida, num último fôlego, reivindicam-lhe a paternidade, com direito a menções ao DNA e tudo o mais, como quem esquece de todas as alcunhas perversas e pejorativas que lhes foram lançadas por quem, agora, reconhece o mérito do programa.
Pois é, Sr. mAécio, quem bate esquece, mas que apanha não esquece.
Vocês esquecem de que muitos favorecidos foram chamados de preguiçosos, vagabundos, aproveitadores, sanguessugas, enquanto estavam tentando adquirir algo que nem todo o dinheiro em seu poder consegue lhes conferir: DIGNIDADE.
Eles conquistaram essa tão almejada dignidade. Pobre, mas digna. Quanto aos senhores, espero que encontrem rapidinho a porta dos fundos, antigamente reservadas aos menos favorecidos, serviçais e afins, e se retirem rapidamente da cena política, enxovalhada e emporcalhada pelos seus atos espúrios.
Sinceramente, espero que este povão, do grotão, da solidariedade, da honestidade registre sua gratidão e seu reconhecimento no dia 26.
— Sai prá lá, mAécio, que esse seu coronelismo, espero eu, já não cola mais!

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