quinta-feira, 16 de julho de 2015

Casamento

Casei duas vezes com o mesmo homem, com um intervalo de 18 anos entre cada uma delas.
Casaria uma terceira. Uma quarta. E seguiria casando com ele, somente ele, caso a vida nos colocasse neste ponto de decisão novamente.
Nunca pensei em instituir casamento com qualquer outro homem, mesmo tendo vivido outros relacionamentos, no período de separação. 
E me deparo, vez por outra, com afirmações do tipo: "o casamento é uma instituição falida".
Será? 
Observo que essa afirmação vem sempre de pessoas solteiras, solitárias ou afeitas a relações fúteis, curtas e casuais.
Nada contra as escolhas que cada um faz para si. Só não acho legal rotular como "falidas" as escolhas que os outros fazem para suas vidas.
Casei. Estou casada e aconselho: Casem! Casar é Bom! Dividir, construir, compartilhar, planejar, semear e ter alguém ao lado para colher junto é ótimo. 
Se o ciclo se encerra, não é por falência da instituição. Aliás, rotular como instituição uma prática de vida é partir de um paradigma já estagnado, portanto, morto.
É transformar o casamento em um perú, morto na véspera, para não ser servido no dia seguinte.
Falidas estão as capacidades de suportar (de dar suporte), compreender, investir no desconhecido, enfim, conviver.
Falida está a capacidade de abrir mão em favor do outro. E não só no casamento, mas na vida! 
Falida está a capacidade de associação para um bem comum, e testemunhamos isso diariamente, nas manchetes vergonhosas de egoísmo e individualismo crescentes. 
E esta falha é humana, não institucional.
Aliás, as instituições não existem sem as pessoas, portanto, um pouco de auto análise seria bem vinda a todos aqueles que observam a vidraça embaçada do vizinho mesmo antes de abrir suas própria janelas.
Douglas, quer casar Comigo? 

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