quinta-feira, 16 de julho de 2015

Convertendo o taxista

Hoje tive uma experiência ótima:
Peguei um Táxi em Ribeirão Pires para levar minha mãe até o Hospital, em Santo André.
Já de cara o taxista, muito à vontade, começou a desferir absurdos contra meus ouvidos sobre política.
Entraram no roteiro do diálogo: os portos de cuba feitos com dinheiro brasileiro ( que eu destruí de primeira, explicando que são 32 empresas BRASILEIRAS financiadas pelo BNDES, que receberam esses dinheiro para trabalhar em Cuba, levando para lá, mão de obra, tecnologia e trazendo divisas para o país...
Resposta do Taxista: Ah, não sabia....
Em seguida o apoio de Dilma aos terroristas.
Expliquei que não há apoio nenhum. O que há é uma grande má fé de alguns setores neo-pentecostais que, intencionalmente, associaram a imagem de Dilma, a sua fala na ONU em 2012 e os atos terroristas de 2014 na Síria. Qualquer pessoa que se coloque a observar a cronologia dos fatos mandaria queimar em praça pública qualquer manifesto neo-pentecostal baseado nestes argumentos...
Resposta do taxista: Ah, eu não sabia.
Aí veio a questão "redução da maioridade penal"...
Argumentei o seguinte: as políticas de repressão não diminuem o crime, apenas aumentam o mercado paralelo de poder, a corrupção e colocam crianças cada vez mais cedo na mira do crime. As crianças não nascem criminosas e se atuam em favor do crime é porque a sociedade falhou no sentido de formar cidadãos de bem. Então as políticas de repressão devem ser substituídas pelas políticas de humanização da sociedade, de ocupação do espaço público, e diminuição das distâncias entre centros e periferias, devem contemplar o acolhimento, não devem oferecer vítimas cada vez mais novas para o crime....
Argumentei neste sentido.
Resposta do Taxista: Você tem razão, nunca tinha pensado nisso.
Aí veio a questão da saúde, que está um caos.
Aí perguntei: mas moço, o senhor disse que sofreu um acidente, que tem três pinos na perna, que foi atendido no HC, que os médicos são show, que a equipe de enfermagem é sensacional, que os especialistas são excelentes, que os pinos da sua perna custaram 20.000 cada um e quem pagou foi o governo! como que a saúde está ruim?
Resposta do Taxista: mas eu fui no Hospital das Clínicas, não fui no SUS.
Quase desmaiei...
Mas moço, o HC é mantido pelo SUS, as políticas de saúde implementadas pelo HC são do Ministério da Saúde e viabilizadas pelo SUS, os pinos que o senhor colocou foram pagos pelo SUS, e o senhor acha que o SUS é mantido por quem, pelo Alckmin???
Resposta do Taxista: Nossa, eu não sabia!!! É pelo governo federal, então?
Bem, a conversa foi longa.... argumento sobre argumento....
Resumo da ópera. quando chegamos, fui pagar a corrida e o taxista disse: moça, se a senhora sair pra vereadora eu voto na senhora....
Eu respondi: não sou candidata, mas se você votar na Dilma, eu já fico mais contente.
E o taxista disse: Agora eu vou votar, a senhora mudou meu pensamento.
Obrigado!
Acho que está faltando fazer isso: corpo a corpo, paciência, argumentos na ponta da língua e disposição..... e principalmente sangue frio, porque os absurdos são muitos e precisam ser destruídos com argumentos amigáveis, sem ataques.
A pessoa não pode sentir vergonha de mudar de opinião. Tem que se sentir seguro com a opção de votar em Dilma Rousseff
Acho que virei militante!
Mas um votinho eu conquistei hoje!

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