quinta-feira, 16 de julho de 2015

País Quincentenário

Eu só sei de uma coisa: um dos segredos da vitória é nunca subestimar o adversário. Mesmo que o adversário seja aparentemente mais fraco ou em menor número. Mesmo que o termo "guerra" seja simbólico, metafórico e irreal.
Não estamos em guerra, mas ela vem sendo instigada, sorrateiramente, por setores que sabem muito bem como fazê-lo, porque já o fizeram antes... 
As sementes estão lançadas e, aos que prezam a democracia, cabe não deixá-las brotar e florescer.
Para tanto conclamo a todos os que buscaram se informar durante este processo: — Mantenham seus argumentos vivos em seus discursos, não mais para angariar votos, mas para lançar luz sobre a escuridão da desinformação que dividiu as urnas e que agora se mostra propensa a manter vivos os discursos de separatismo, exclusão, divisão, através da perpetuação de uma indignação que é alimentada pela manipulação dos fatos, pela desinformação, pelo "não querer ouvir" pela opção pela alienação em nome da própria paz.
A alienação não gera a paz, nem mesmo para aqueles que se sentem protegidos em seu mundinho ilhado e irreal.
A alienação gera o medo, porque o desconhecido é sempre mais assustador. e quem se aliena escolhe não ficar ciente dos fatos.
E o medo alimenta condutas de defesa prévia, sem que nem mesmo haja um ataque que justifique a defesa....
A alienação nos faz algozes, vítimas e reféns.
A liberdade de todos: dos informados e dos desinformados, dos ricos e dos pobres, dos bolsistas ou dos afortunados, dos gays, dos héteros, dos trans, dos assexuados, dos cristãos ou não cristãos, dos religiosos e dos céticos, dos civis e dos militares, dos votantes e não votantes, depende do aumento da conscientização a respeito de nossa história, do curso dos fatos que culminaram neste sentimento que de alguma forma atinge a todos nós, estejamos festejando ou de ressaca pela derrota.
Precisamos com urgência espalhar a boa nova e contar, para nós mesmos, quem realmente somos nós.
Pensem nisso e, quem estiver disposto, comece na sua rotina diária a levar esclarecimento, delicada e gentilmente a quem ainda não entendeu nada do que está acontecendo neste jovem país Quincentenário.
Quinhentos anos são muito pouco. Dá pra falar sobre eles em uma mesa de boteco, em uma viagem de ônibus, em uma visita para um chá.
E devemos fazer isso, para que nossa história continue sendo escrita com tintas coloridas.... sem muros cinzentos e sem porões claustrofóbicos, de paredes sombrias e chão lavado de vermelho.
Beijos por hoje....

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